segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Primeiro outono

 Antes de escrever eu sabia muito bem o que queria, agora já não sei... Eu tenho dezessete anos e ao contrário do que muita gente pensa não sou uma garota tranquila, as vezes sou doce, meiga e gentil, posso ser até romântica incorporando as moças descritas por Alvarez De Azevedo! Essa sou eu, a verdadeira Andrea, a menina que minha mãe tanto amou e cuidou...
  Mas nem sempre eu sou assim, de repente como se muda de personagem em um jogo qualquer e se pode escolher entre ser Taylor Swift e Angelina Jolie eu mudo de personalidade, como por instinto ao detectar perigo, ameaça. Como quando  corre-se da chuva vendo o céu se fechar, eu me torno outra pessoa que a chamo Catharina, essa é a  menina que foi vitima de Bullying e que se sentia desamada por seus familiares .
 Cathy, esse era o nome que meu avô queria que eu me chamasse, inspirado em uma mulher que talvez quisesse que eu me tornasse.
 Catharina sempre me trouxe problemas, sinto em tê-la dentro de mim, por que sei que pareço uma louca e que que ela me faz me tornar quem não quero ser, ela é capaz de tudo, não tem medo de nada e chega a ser malvada.
   Andrea é inocente, incapaz de fazer mal a um mosquito, melancólica e em frente as reações malévolas começa a chorar, Catharina quase nunca chora, porque é  contra a sua vontade,  porque sente que  é a sua obrigação não chorar.
  Sim, eu sei devem está pensando que eu sou louca, e irão dizer "Pensando? Eu tenho certeza!!!",
mas tudo bem eu também pensaria assim.
  Catharina acabou de atacar e agora me deixou aqui sozinha, "assumindo os erros dela"...
  Mas a culpa foi minha, eu a criei dentro de mim quando ignorei todas as boas ações de "Deixar para lá", "Fingir que não está ouvindo" e simplesmente fazer o que sempre quis, mas pensei que seria melhor assim, vingar e fazer o mesmo que fazem comigo... Palhaçada!
  Como gostaria de voltar atrás e ter 13 anos novamente e fazer tudo diferente e ser a menina que eu era ou melhor ainda, ser aquele bebezinho de 1 aninho que dormia o dia inteiro e não chorava a noite...
  Alguém me disse que a lua teve inveja do meu sono, da calma daquele bêbê que não dava trabalho para minha mãe. Logicamente que isso é uma mentira, mas quando criança gostava de acreditar nisso, que meu temperamento não era culpa minha "que a lua era culpada", poxa logo a lua? Aquele ser sem vida, e até triste! Enfeita as noites e torna a vida mais romântica.
  Eu queria ser a lua, a lua é ela e somente ela, é linda meiga e angelical!
  Queria iluminar a noite escura para alguém, presenciar momentos românticos e fazer sorrir!
  Queria olhar para terra de bem longe e tentar compreender por que nós, seres humanos racionais e inteligentes, cometemos erros tão mesquinhos sabendo que existem consequências.

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