sexta-feira, 6 de março de 2015

Outono de crises...



As vezes pensamos que tudo está bem...
 Ficamos felizes e animados com a ideia de que nada poderá dar errado agora, andamos tranquilos pelas ruas da cidade,  esquecemos os problemas e comemos satisfeitos uma barra de chocolate, sorrimos para alguém que passa e o vento acaricia nosso rosto e sopra nosso cabelo. Tudo parece estar bem. Apenas parece, não está. Mais tarde os problemas vem a tona, trazendo consigo vírgulas, travessões e exclamações que antes pareciam não existir. Mais uma surpresa do inesperado. Do desconhecido chamado "futuro" que ninguém foi capaz de desvendar.
 Agora é exatamente o contrário...
 Ficamos tristes e desanimados com a ideia de o que poderá dar errado agora, adamos como desesperados pelas ruas da cidade, os problemas não dormem nem nos deixam dormir e se alimentar pode ser desde uma válvula de escape ou até algo que parece inútil fazer diante de tantos embaraços, sorrisos são substituídos por um rosto preocupado, e o vento parece chato nos fazendo cócegas.
Um pessimismo nos rodeia, parece até loucura se otimista diante de tais fatos. Se sente só, mas não quer conversar, talvez porque não há ninguém de confiança, talvez porque as pessoas não se importam ou estão presas ao jornal que parece ter uma notícia interessante sobre alguém que morreu lá na China.
 Há sempre alguém com quem tem de se preocupar, não sobra espaço para te dizerem "Tenha um bom dia!" ou "Você vai ficar bem?". Os seres humanos não têm esse tempo, porque precisam se preocupar com os problemas pessoias seus e de alguém que é mais importante que você para eles. Talvez não gostem de dizerem "Bom dia!", ou quando acontece o milagre de pronunciar tais palavras alguns parecem vomita-las  de sua boca.
 O mundo ficou um espaço chato. Por que alguém de inteligência duvidosa resolveu inverter valores e fazer as coisas boas se chamarem "clichê". Hoje tropeçam em você e quando dizem algo educado é : "Desculpa aí viu!", "Foi mal!"...
 Talvez eu seja um tipo de espécie humana nascida fora do tempo, por que me identifico mais com os tempos passados onde as coisas eram mais simples e se você resolvesse ser correto não seria chamado de "falso moralista", "antiquado" ou "desatualizado" você seria apenas correto e pronto!
 Algumas coisas eu não entendo e nem sei se um dia irei entender.
 Seguindo as evidências o mundo tende a se tornar uma floresta selvagem, cheia de animais selvagens procurando uma árvore alta para se esconder de animais tão selvagens quanto eles mesmos. O monstro não é aquele bichinho peludo de caninos longos e aspecto de  morcego que hoje é considerado "fofinho"...
 O monstro pode ser aquela mais linda criatura boa de ser ver, mas de interior selvagem que anda por aí devorando corações, e esse monstro pode ser seu vizinho, seu amigo ou pior estar no seu espelho, mas não se anime se achando o tal "poderoso destruidor de vidas", porque quando o monstro devora todos ao seu redor e não sobra mais nenhum coração para se alimentar, para saciar sua fome ele devora a si mesmo.

4 comentários:

  1. Nossa lindo texto, me identifiquei muito, já me senti assim tantas vezes, o pior de tudo e que isso vai e volta... e horrível esse ciclo vicioso... estar bem, estar mal, depois bem de novo, mas agente vai levando!
    Um ótimo lugar pra você posta e o recanto das letras!
    Visite meu blog posto poesias resenhas de livros e outras coisas!
    http://palavrasaoventomgabriela.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada pela visita Maria, Visitarei o seu blog!
      Volte sempre!

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